segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

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Em busca do Boi

Em busca do Boi 

 Conta uma história da tradição budista 
que um monge entrou em um vilarejo 
montado em um boi, 
e os habitantes da vila lhe perguntaram 
onde estava indo. 
Ele então respondeu que estava em busca de um boi. 
As pessoas se entreolharam, intrigadas, 
e então começaram a rir. 
O monge se foi. 
No dia seguinte, de novo montando um boi, 
o monge voltou ao vilarejo. 
E de novo as pessoas lhe perguntaram 
o que buscava. 
"Procuro um boi", 
foi novamente a resposta. 
Outra vez o monge se foi, 
em meio ao riso de todos. 
No terceiro dia o fato se repetiu: 
"o que busca?" 
e o monge, montado no boi, 
disse ser um boi o que buscava. 
Só que a piada já perdera a sua graça 
e as pessoas protestaram, 
dizendo: "olhe aqui, você é um monge, 
supostamente uma pessoa santa, sábia, 
e mesmo assim você vem aqui à procura de um boi quando, o tempo todo, 
é sobre um boi que você está sentado." 
Ao que replicou o monge: 
"também assim é a sua procura de Deus." 
E assim é conosco. 
Tantas e tantas vezes saímos em busca de algo 
que estava conosco o tempo todo, 
sem que nos déssemos conta. 
Achamos que a nossa realização 
está em outro trabalho, outra profissão, 
outra família, outros amigos... 
e chegamos por vezes a partir 
em uma busca inútil, 
quando se olhássemos 
com um pouco mais de atenção 
- talvez com um pouco mais de boa vontade 
- para aquilo que já temos, 
descobriríamos que o " boi" 
que tanto procurávamos, 
estava nos carregando todo o tempo. 
É preciso olhar para frente, sim, 
traçar metas, segui-las. 
Mas sem perder a noção do potencial de realização 
e felicidade que esta bem aqui, 
na nossa realidade presente. 
Se você aprender a olhar para sua própria vida, 
pode descobrir que sua esposa, ou seu marido, 
ainda conserva muito daquilo que fez você 
se apaixonar há 10, 20, 50 anos. 
Que sua profissão continua tendo muito em comum 
com suas ideias de vida 
- apesar de seu desgaste, de seu cansaço. 
Que seu trabalho ainda guarda chances 
e as perspectivas que tanto prometiam. 
Estão apenas um tanto encobertas 
pela poeira do tempo que passou, 
enquanto você esteve ocupado demais 
para aproveitá-las. 
A felicidade precisa ser perseguida. 
Mas muitas, muitas vezes, sofremos e choramos sentados sobre ela. 

(Autor desconhecido)
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ESCOLHAS

Escolhas 

Conta a lenda, que em um mosteiro budista 
existia um canteiro de areia. 
Localizado no átrio central, 
a superfície do canteiro era mantida impecavelmente lisa por um grupo de acólitos. 
Portando rastilhos de bambu, 
com cerdas finas como fios de cabelo, 
estes se sentavam em torno do grande tanque de pedra, atentos a qualquer alteração no nivelamento arenoso. Seu trabalho era constante, 
pois além das alterações climáticas, 
o canteiro sofria diariamente mudanças com um dos exercícios de meditação característico daquele mosteiro 
e diariamente exercitado pelos discípulos: 
cruzar lenta e concentradamente, descalços, 
o quadrado de areia. 
Pelo menos uma vez por dia, 
cada monge fazia este trajeto. 
Caminhava contrito até a entrada do canteiro 
com os olhos focados neste, 
respirava profundamente e depois pé ante pé, 
com o maior cuidado, 
realizava a travessia. 
Chegando ao término de sua jornada, 
invariavelmente olhava para trás, 
para as pegadas que marcavam a sua trajetória 
e com um suspiro de leve desapontamento, 
voltava as costas para o grande tabuleiro 
e afastava-se para o interior do mosteiro. 
Todos repetiam a prática, ano após ano 
e década após década. 
O objetivo da meditação era avaliar 
o quanto de poder detinha cada praticante 
sobre seus atos, palavras e pensamentos, 
de maneira a que não produzissem um único desdobramento kármico sequer. 
Este domínio sobre o karma era naturalmente transferido para o caminhar do acólito, 
permitindo-lhe atravessar o canteiro de areia 
sem deixar pegadas. 
 Assim são as nossas escolhas. 
Cada palavra proferida, pensamento emitido 
ou ação executada tem um poder imenso na construção do nosso futuro. 
Podemos mesmo dizer que nosso destino 
é construído e modificado diariamente, 
influenciado pela qualidade das nossas escolhas. 

(Autor desconhecido)
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A parábola da rosa

A parábola da rosa 

 Fazemos planos de felicidade, 
desejamos colher flores perfumadas e, 
quando percebemos os desafios que se apresentam, 
logo desistimos e o nosso sonho não se realiza. 
 Os espinhos são exatamente os desafios que se apresentam para que possamos superá-los. 
 Se encontramos pedras no caminho é para que aprendamos a retirá-las e, dessa forma, 
nossos músculos se tornem mais fortes. 
 Não há como chegar ao topo da montanha 
sem passar pelos obstáculos naturais da caminhada. 
E o mérito está justamente na superação desses obstáculos. 
 O que geralmente ocorre é que não prestamos muita atenção na forma de realizar nossos objetivos e, 
por isso, desistimos com facilidade 
e até justificamos o fracasso 
lançando a culpa em alguém ou em alguma coisa. 
 O importante é que tenhamos sempre em mente 
que se desejamos colher flores, 
temos que preparar o solo, 
selecionar cuidadosamente as sementes, plantá-las, regá-las sistematicamente e, só depois, colher. 
 Se esperamos colher antes do tempo necessário, 
então a decepção surgirá. 
 Se temos um projeto de felicidade, 
é preciso investir nele. 
E considerar também a possibilidade 
de mudanças na estratégia. 
 Se, por exemplo, desejamos um emprego estável, duradouro, e não estamos conseguindo, 
talvez tenhamos que rever a nossa competência 
e nossa disposição de aprender. 
 Não adianta jogar a culpa nos governantes 
nem na sociedade, é preciso, antes de tudo, 
fazer uma avaliação das nossas possibilidades pessoais. Se desejamos uma relação afetiva 
duradoura, estável, tranqüila, e não conseguimos, 
talvez seja preciso analisar ou reavaliar 
nossa forma de amar. 
 Quando os espinhos de uma relação aparecem, 
é hora de pensar numa estratégia diferente, 
ao invés de culpar homens e mulheres 
ou a agitação da vida moderna, 
ou simplesmente deixar a rosa do afeto morrer de sede. Há pessoas que, como o homem que deixou a roseira morrer, 
deixam seus sonhos agonizarem por falta de cuidados ou diminuem o seu tamanho. 
Vão se contentando com pouco 
na esperança de sofrer menos. 
 Mas o ideal é estabelecer um objetivo 
e investir esforços para concretizá-lo. 
 Se no percurso aparecer alguns espinhos, 
é que estamos sendo desafiados a superar, 
e jamais a desistir. 
 Quem deseja aspirar o perfume das rosas, 
terá que aprender a lidar com os espinhos. 
 Quem quer trilhar por estradas limpas, 
terá que se curvar para retirar as pedras 
e outros obstáculos que surjam pela frente. 
 Quem pretende saborear a doçura do mel, 
precisa superar eventuais ferroadas das fabricantes, 
as abelhas. 
 Por tudo isso, não deixe que nenhum obstáculo impeça a sua marcha para a conquista de dias melhores. 

Autoria desconhecida

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

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O Sino

O Sino 
 
O sino da minha aldeia, 
Dolente na tarde calma, 
Cada tua badalada 
Soa dentro de minha alma. 

 E é tão lento o teu soar, 
Tão como triste da vida, 
Que já a primeira pancada 
Tem o som de repetida. 

 Por mais que me tanjas perto 
Quando passo, sempre errante, 
És para mim como um sonho. 
Soas-me na alma distante. 

 A cada pancada tua, 
Vibrante no céu aberto, 
Sinto mais longe o passado, 
Sinto a saudade mais perto. 

Fernando Pessoa

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

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Filhos do Sol

Filhos do Sol 
 
Aqui, por águas frias 
Na noite escura 
Em meu pequeno barco solto ao vento 
Sigo em busca de pequenas alegrias... 
Da alma, fugir a secura 
Encontrar-te nalgum pensamento: 
“Eis me aqui, 
Pai, perdido ao mar 
Eis me aqui, o teu rebento 
A aflorar” Faz tempo que embarquei 
Do último Farol no qual morei 
Desde então, segui na escuridão... 
De tua antiga luz, restou-me a lua 
A refletir toda a imensidão 
Todo o amor do teu Oceano: 
“Eis me aqui, 
Pai, navegando ao mar 
Encharcado em meio ao teu coração” 
 Na longa viagem 
Ao próximo Farol 
Encontrei alguns outros barcos 
Saudosos de tu, ó Sol Nalguns deles me ancorei... 
Na mais terrível tempestade 
Orávamos sussurrantes ao rei 
Evocávamos a tu, ó semelhante 
O que vive além de toda idade 
 Assim que mesmo quando as ondas tristes 
Ameaçavam quebrar o casco 
E nos arrastar a margem 
Nós o víamos na superfície: 
“Eis nos aqui, 
Pai, juntos na viagem da vida 
Eis nos aqui, tua própria imagem 
Tua própria luz feita ser 
A trafegar pelo 
Oceano do Mundo 
Que é ti 
Eis nos aqui, os Filhos do Sol 
A caminho do próximo Farol...” 

 raph’12’A.’.A.’.
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Reflexão

Reflexão 
 I. 
 Por muito tempo busquei o amor 
Por muito tempo dele procurei 
Nos recândidos do mundo 
Perguntando a mim mesmo 
De algo que jamais saberei 
 Agora, em silêncio profundo 
Basta-me saber da lei: 
Quero é ser o amor 
Como a abelha é parte da colméia 
Quero é viver o amor 
Como só tu o soube 
Ò rabi da Galileia 

 II. 
 Eis me aqui neste templo mental 
Cercado de anjos e velhos pretos 
Dançando ao toque 
 Do tambor ancestral... 
 Agora, em silêncio profundo 
Basta-me imaginar ao sol 
A iluminar divina cachoeira 
– Um longo rio a desaguar 
No mais belo jardim 
 Quem lá esteve, sabe que é assim: 
O Éden não foi, nem será... 
Em nossa volta 
Na mente plena de paz 
Tudo apenas é 

 III. 
 Por muito tempo busquei a luz 
E, partindo de mim 
Tal qual raio, a projetar 
Até que um ser alado 
Das falanges de muitas eras atrás 
Ensinou-me a evocar 
A pirâmide branca 
De cume dourado... 
 Como o ótico de Haia 
Vi a luz em reflexão 
Dos confins do Cosmos 
Até este nosso mundo 
– Charco de solidão 

 IV. 
 Eis me aqui envolto em rede 
De luz eterna 
Tecida entre dois planos 
Tão próximos 
Tão distantes... 
 Eis o que sei por ora: 
O amor está dentro 
O amor é um fio 
Mas a luz vem de fora 
 Agora, em silêncio profundo 
A cangoma ainda toca... 
Da outra ponta do mundo 
Um fio é puxado 
E todos os anjos 
E pretos velhos 
E todos os rabis 
E neófitos 
E todos os pensamentos em reflexão 
Pendem 
Na sua direção 
– Quer compreendam 
Quer não... 

 raph’12’A.’.A.’. *** 
 Crédito da imagem: James Turrell
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A melodia

A melodia 

 É como o lamento da flauta na floresta 
Um tamborilar a ecoar pelo tempo 
A persistente harmonia em tudo que nos resta 
Quando nos voltamos para dentro 
 É como a calmaria antes da tempestade 
No mar do ser: na praia de cada ilha 
No céu: as estrelas em sua majestade 
Cintilam na alma: “bem vinda, querida filha” 
 E então ela dança: cada movimento 
É como a história de uma vida 
A girar por este momento 
 Quantos passos de dança, 
quantas vidas e amores, 
Compostas pela eterna melodia 
A ecoar como um chamamento: 
“tenha esperança!” 

 raph’12 *** 
 Crédito da imagem: Raghu Rai

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

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Natal de Luz

Natal de Luz 
 
Um dia uma estrela brilhou no céu, 
reis magos interpretaram a mensagem 
e a seguiram com ouro, 
incenso e mirra. 
Um novo rei havia nascido, 
um rei soberano 
com a missão de governar 
não somente uma nação 
mas todo o universo. 
A luz da estrela os guiou 
até uma manjedoura 
e em um trono de madeira 
o rei foi encontrado. 
Ao seu lado um pai e uma mãe que zelava, 
e ao seu redor 
pequenos animais o adoravam. 
Os reis magos se encontram 
e seus presentes ali depositaram. 
A estrela brilhou intensamente no céu 
e sua luz desceu sobre um menino 
chamado Jesus. 
Ali começou o natal, 
através de uma luz, 
um natal de luz. 

( Luis Alves, textos de natal )
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Momento Mágico

Momento Mágico 

 Esse é momento de descobrir em nós 
os nossos sentimentos, 
perspectivas, 
possibilidades, 
limitações e potencialidades. 
É momento de romper as cadeias 
que nos separam do único e universal 
princípio da divindade. 
É momento de buscar 
a mão benfazeja 
que nos conduzirá à vereda luminosa, 
aquecida pelo fogo 
do Espírito do Cristo, 
que habita em nós. 
É momento de entrega, 
celebração, 
compaixão, 
perdão, 
e, sobretudo, amor.
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Realizações de Natal

Realizações de Natal 

Sonhe, busque, espere... ame e reame! 
 Deixe sua alma voar alto...
pegar carona com os fogos coloridos. 
Mentalize seus desejos mais íntimos e acredite: 
eles também chegarão ao céu. 
Irão se misturar às estrelas, 
irão penetrar no Universo 
e voltarão cheios de energia 
para tornarem-se reais. 
Basta você querer de verdade, 
ter fé e nunca, NUNCA desistir deles! 

E que seu ano seja, então, plenificado de bênçãos e realizações. 
FELIZ NATAL E QUE O ANO NOVO SEJA PLENO DE REALIZAÇÕES.

domingo, 11 de novembro de 2012

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Valor Humano

Valor Humano 

Na euforia das conquistas, 
na tristeza das derrotas, 
no sorriso que abre caminhos 
e abraços que rompem paradigmas: amizade, 
que na dor desfaz o cárcere do sofrimento 
e anima o olhar perdido 
de quem um amigo perdeu. 
Na incessante busca pelo conceito que abriga, 
eleva-se os pensamentos ao mais nobre dos sentimentos: o amor, que brotado no ritmo do cotidiano, 
viaja pelas emoções humanas, 
encobre a sombra do desafeto 
e transforma o sonho 
de uma amizade verdadeira 
numa divina resposta ao pessimismo 
que alimenta uma vida escura. 
Na verdade em que se encerra, 
hoje tem-se momentos, 
amanhã , apenas histórias , 
memórias, inesquecíveis pela profundidade 
 com que tocam o coração 
e verdadeiras pelo sentido que possuem 
na luz de uma honrada 
amizade! 

Adrianne Feitoza
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Canção com divina melodia

Canção com divina melodia 
Amizade 
 Não sei, não quero saber, 
nem entender como aconteceu. 
Existem coisas que não se explicam, 
elas acontecem e ficam registradas no coração. 
Quero apenas lembrar que o meu coração 
canta uma canção original, única, perfeita, 
desde o dia em que um olhar profundo 
e um sorriso largo cantaram 
e me ensinaram a cantá-la. 
 A partir daquele dia 
essa canção embala meus sonhos, 
devaneios, medos, vitórias, 
encantos e desencantos... 
Tem a melodia da paciência, 
do ouvido atento, 
do ombro amigo. 
Canção de divina melodia com notas celestiais, 
é acalanto de minha vida e,
 por me fazer bem, 
quero-a aos demais. 
 Essa canção tem nome, 
Mas não tem explicação. 
Só a entende quem se deixa levar 
E permite que ela o tome por inteiro. 
Ela é única. 
Perfeita. 
Seu nome? 
A M I Z A D E. 

Maria Inez Flores Pedroso

terça-feira, 6 de novembro de 2012

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Paraíso

Paraíso 
 Gostaria de fazer um lindo poema para você! 
Um poema que expressasse o carinho 
que tenho por ti... 
Não precisava ser em trovas ou rimas 
Uma coisinha singela e simples 
 Igual ao carinho que tenho por você... 
Nada de palavras difíceis, 
Um poema que a fizesse se sentir pertinho de mim... Não sei se conseguiria passar para o papel 
Tudo aquilo que sinto por você... 
Dizer que não vivo sem você 
Que a vida é muito gostosa porque tenho você 
Hummm, que coisa gostosa é você! 
Menina dengosa e carente 
Que chora por qualquer coisa 
Que faz meu coração disparar à toa... 
Que paixão danada, que me faz sentir no paraíso Menina nas horas de brincadeiras 
Mulher quando deseja amar... 
Você é assim: uma mistura gostosa 
Uma namorada que me faz sonhar acordado 
Que consegue me mostrar o paraíso... 

Eduardo Baqueiro
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Noticias

Noticias 

As saudades são enormes 
 Suas dores refletem em meu peito 
 Mas não sofra assim não! 
 Minha hora soou e viajei antes de você... 
 Não chores por mim, amigo! 
 Eu estou bem, melhor do que possas imaginar 
 Quando cheguei aqui tive medo, confesso. 
 Mas, quando vi os amigos que já estavam aqui, 
 todos sorridentes e felizes, 
 me esqueci do mundo que deixei 
 E, hoje, vivo minha realidade que é senão o outro lado da mesma moeda... 
 Mas não deixei para trás os amigos. 
 Estes são meu maior tesouro, 
 Estão todos guardados no meu coração 
 Inclusive você... 
 Carrego no meu peito o amor que recebi de todos vocês Me alimento dele, enquanto não tenho as suas presenças... 
Não chores amigo, haverá um dia em que estaremos juntos novamente relembrando os bons momentos, sorrindo e chorando juntos... 
 Este dia será um dia triste para quem fica, 
 mas será alegria para quem chega. 
 A vida não é nada mais que um ciclo... 
 Ora estamos de um lado, 
Ora estamos do outro lado 
 Não chores amigo! 
 Não parti, estou aqui do outro lado... 
 Estou feliz por sentir o amor que tens por mim 
 Eu te amo amigo... 

 Eduardo Baqueiro

domingo, 4 de novembro de 2012

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Ainda há tempo

Ainda há tempo 
 
Ainda há tempo para fazer 
O que você sempre quis ter feito 
Visitar aquele lindo lugar 
Vestir-se do seu jeito 
 Namorar à luz do luar 
Tomar um banho de chuva 
Andar pela orla ou aprender a nadar 

 Ainda há tempo para ajudar 
Doe àquele que vive a ermo 
Um instante, um sorriso, uma palavra 
Lembre da criança, do idoso, do enfermo 
 Para você, deixe a noite passar 
Ouvindo as ondas quebrando 
E sentindo a brisa do mar 

 Ainda há tempo para cedo acordar 
Só para ver o sol a nascer 
Tomar, sem pressa, um farto café 
Com o que quiser comer 
 Ser você mesmo 
Dizer “eu te amo” 
Sorrir e gritar a esmo 

 Ainda há tempo para perdoar 
Esquecer as diferenças 
Rever os velhos amigos 
Entender as suas crenças 
 Beijar com emoção 
Dançar uma boa música 
Cantar a sua canção 

 Ainda há tempo se você quiser 
Vá agora, siga em frente 
Peça perdão, sorria e beije 
Viva o hoje, que é teu presente 
 Determine-se a ser feliz 
Você ainda tem tempo 
De ser o que sempre quis 

 Autor: Alex Dahlke
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AUSÊNCIA...

AUSÊNCIA... 
 
Posso tocar-te com o pensando... 
Saltar do teu inconsciente onde vivo a tua espera... Atravessar a janela do tempo que nos separa... 
Respirar o ar úmido carregado de nostalgia... 
Sentir a brisa fria acalmando o fogo da ansiedade. Revelando a fragilidade dos sonhos erguidos na areia... Porque se não estás aqui? 
Te sinto tão perto... 
É certo? 
Como o lamento da tua ausência. 
Freqüência da inspiração poética; 
manifestada por aqueles que se entregam ao amor; 
sem rancor nem magoa... 
Vivo embriagada pela necessidade de viver, 
de renascer em palavras; 
plantadas na alma... 
Porque sugas de mim? 
O que não tenho mais para dar! 
Preciso descansar! 
Me calar diante do teu chamado. 
Porque o teu corpo está ausente! 
Mas o teu intimo me acompanha... 
Mesmo não estando comigo? 
Estás protegido pela minha oração... 
Porque se não estás aqui? 
Te sinto tão perto! 
O coração semeia o que a mente planta! 
O fruto que dele nasce é duvidoso. 
Ele pressente o que a razão ignora... 
O sofrimento da ausência se manifesta, 
quando na vida sobra espaço...
                                                             
                                                              Autor: Renata Saturnino

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Se eu pudesse te encontrar

Se eu pudesse te encontrar 

 Se eu pudesse te encontrar 
No universo que foi projetado 
Eu queria te dizer 
Que você é tudo de um todo 
É todo o meu bem-querer 

 E no cais de um porto iluminado 
Você é o sol, o céu e o cenário 
No espetáculo do amanhecer 
É a maravilha da estrela que brilha 
Pra lua nova que vai nascer 

 É no arco-íris, todas as cores 
A mais bela obra da arquitetura 
É a cobiça de muitos amores 
Na paixão insana, 
É o remédio que cura 

 É o lírio, o delírio, os sonhos e o ato 
Naquele jardim encantado 
É o conto de fadas, a lenda e o fato 
Nos versos do meu cordel pendurado 
 É o ponto de encontro no meio do laço 
E o presente abraço que um dia te dei 

É o plano futuro, onde eu me embaraço 
Por causa do beijo que nunca ganhei 
 Nas notas sol, ré, dos acordes perdidos 
É o eco dos sons que vem do passado 
E na minha história e lirismo 

É a melodia dos cânticos entoados 
 É o preto no branco, os quais se misturam 
Na química que, explode no ar 
É o fogo abrasado que ainda perdura 
Na imensa vontade de te encontrar 

 Seria no mundo meu maior encontro 
Daria a ele um infinito valor Faria ser, porém, com encanto 
Como encontro de primeiro amor 
 Mas se não queres me encontrar 
Nada mais posso fazer 

Não quero mais sonhos e nem fantasias 
Quero a real razão do viver 

 Autora: Claudete Lopes
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O amanhã

O amanhã 

O tempo ninguém pode parar, 
 Passa o dia vem a noite 
O futuro logo vai chegar 

E você sem poder fazer nada. 
 O amanhã está ae, e você o que já fez? 
Apenas deixou o tempo passar? 
Nem sempre terá uma segunda vez 

Veja, o tempo está passando, está na hora de aproveitar. 
 A chuva cai, e o sol já está ae 
O tempo passa muito rápido 

O ontem já passou e o amanhã está por vir. 
 O tempo nos devorará 
A cada dia ficaremos mais fracos, até morrer 
O que nos resta? Apenas deixar... 

 Postado por Elias Glassmann

domingo, 28 de outubro de 2012

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E o Sonho Acabou


E o Sonho Acabou 
 
Não sei se vou conseguir passar para o papel 
 O que estou sentindo neste momento. 
 Sinto raiva de mim mesmo! 
 Raiva por ter o atrevimento de sonhar com você, 
 Por ter alimentado uma esperança que sabia, 
no fundo, ser em vão... 
 Estranho é que nos achamos experientes, 
 Que somos donos da verdade, Perfeitos... 
 E, que tudo corre como desejamos... 
 Não é assim, nunca foi...  
Somos engrenagens de uma máquina imperfeita, 
 Somos frutos de nossas ânsias e loucuras 
 E esquecemos que, 
aquilo que damos, 
sempre será aquilo que receberemos... 
 Esquecemos que plantamos 
 E a hora da colheita chega... 
 Mas eu vou chorar 
 Eu quero chorar... 
 É preciso... 
 Quem sabe amanhã estas lágrimas me ensinem... 
 Me ensinem as lições que preciso aprender? 
 De qualquer forma saio perdendo... 
 O coração lamentando tua perda, 
 A vida me cobrando o retorno ao caminho 
 E esta vontade de não estar aqui... 
 Não estar em lugar nenhum! 
 Palavras não serão suficientes 
 para expressar meus sentimentos. 
 Hoje sou louça quebrada... 
 Meus cacos estão perdidos... 
 Muitos ficaram em você... 
 Não há como tê-los de volta. 
 Não partirei, 
 mas não estarei dentro de você... 
Estarei perdido, 
 fingindo ser o que não sou, 
 me enganando mais uma vez... 
 Tentando achar um novo caminho... 

Eduardo Baqueiro