domingo, 4 de novembro de 2012

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AUSÊNCIA...

AUSÊNCIA... 
 
Posso tocar-te com o pensando... 
Saltar do teu inconsciente onde vivo a tua espera... Atravessar a janela do tempo que nos separa... 
Respirar o ar úmido carregado de nostalgia... 
Sentir a brisa fria acalmando o fogo da ansiedade. Revelando a fragilidade dos sonhos erguidos na areia... Porque se não estás aqui? 
Te sinto tão perto... 
É certo? 
Como o lamento da tua ausência. 
Freqüência da inspiração poética; 
manifestada por aqueles que se entregam ao amor; 
sem rancor nem magoa... 
Vivo embriagada pela necessidade de viver, 
de renascer em palavras; 
plantadas na alma... 
Porque sugas de mim? 
O que não tenho mais para dar! 
Preciso descansar! 
Me calar diante do teu chamado. 
Porque o teu corpo está ausente! 
Mas o teu intimo me acompanha... 
Mesmo não estando comigo? 
Estás protegido pela minha oração... 
Porque se não estás aqui? 
Te sinto tão perto! 
O coração semeia o que a mente planta! 
O fruto que dele nasce é duvidoso. 
Ele pressente o que a razão ignora... 
O sofrimento da ausência se manifesta, 
quando na vida sobra espaço...
                                                             
                                                              Autor: Renata Saturnino

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