quinta-feira, 17 de maio de 2012
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Desencanto
Eu faço versos como quem chora De desalento... de desencanto... Fecha o meu livro, se por agora Não tens motivo nenhum de pranto. Meu verso é sangue. Volúpia ardente... Tristeza esparsa... remorso vão... Dói-me nas veias. Amargo e quente, Cai, gota a gota, do coração. E neste versos de angústia rouca Assim dos lábios a vida corre, Deixando um acre sabor na boca. -Eu faço versos como quem morre.
(Manuel Bandeira)
Desencanto
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